A passagem de um tornado de nível F-2 na tarde desta sexta-feira (7) deixou um rastro de destruição e dor no Paraná. De acordo com a Defesa Civil, cinco pessoas morreram e mais de 430 ficaram feridas nas cidades de Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava.
Imagens aéreas mostram casas completamente destelhadas, imóveis colapsados e postes de energia derrubados, revelando o cenário de devastação deixado pelo fenômeno.
Durante a noite, o Corpo de Bombeiros havia informado cinco óbitos, número posteriormente corrigido para quatro após a constatação de uma duplicidade no registro de vítimas. Contudo, na manhã deste sábado (8), uma nova morte foi confirmada em Guarapuava, elevando novamente o total para cinco.
Segundo a Defesa Civil, cerca de 80% de Rio Bonito do Iguaçu, município com aproximadamente 14 mil habitantes, foi destruído. Há suspeita de que ainda existam vítimas sob escombros, e um hospital de campanha foi montado para atender os feridos. Por volta das 19h de sexta-feira, mais de 3 mil imóveis estavam sem energia elétrica, e o abastecimento de água também foi comprometido.
O coronel Jonas Emmanuel Benghi Pinto, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, afirmou que o número de vítimas pode aumentar.
“Nossas equipes encontraram um cenário de guerra. Temos bombeiros de várias regiões do estado trabalhando na busca e resgate de pessoas. Nossa prioridade é o salvamento neste momento”, declarou.
Ambulâncias e aeronaves da Secretaria de Segurança Pública foram enviadas para auxiliar nos resgates. O governador Carlos Massa Ratinho Junior e outras autoridades estaduais se deslocaram até o município para acompanhar de perto a situação.
De acordo com o Simepar, o tornado foi formado dentro de uma supercélula, tipo de tempestade severa com alta capacidade destrutiva. Até o momento, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) e os serviços de saúde registraram 432 atendimentos, dos quais nove são casos graves, com alguns pacientes passando por cirurgia.
As autoridades continuam levantando informações sobre desalojados e desabrigados, já que a situação segue em andamento e os números ainda podem mudar nas próximas horas.
Em meio ao caos, as forças de segurança e voluntários trabalham incansavelmente em buscas, resgates e reconstrução, enquanto o Paraná tenta se reerguer após um dos episódios climáticos mais violentos de sua história recente.
Redação Guia São Miguel
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