O município de Missal confirmou, no último final de semana, a morte de um homem de 33 anos em decorrência da Doença Meningocócica, do tipo C. Segundo informações do setor de Epidemiologia da Secretaria de Saúde local, a região enfrenta um surto de meningite, o que tem gerado preocupação entre autoridades sanitárias.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já havia emitido alerta em junho deste ano sobre a necessidade de vacinação e diagnóstico precoce contra a doença. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) apontavam, até a Semana Epidemiológica 25 (21 de junho de 2025), 22 casos confirmados e seis mortes no Paraná. No mesmo período de 2024, foram 11 registros e nenhum óbito. Em todo o ano passado, o Estado somou 33 casos e quatro mortes.
Entre os óbitos confirmados neste ano, também foi registrado o de uma mulher de 49 anos em Céu Azul. “A vacinação é a principal ferramenta para prevenir as formas mais graves da meningite. Quem passou por isso na família sabe a dificuldade que é tratar”, destacou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Vacinação e prevenção
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina meningocócica C (conjugada) para crianças a partir dos três meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. A partir de julho de 2025, o reforço aplicado aos 12 meses passará a ser feito com a vacina meningocócica ACWY, que amplia a proteção contra os sorogrupos A, C, W e Y.
Além da vacinação, a Sesa recomenda medidas de prevenção como manter ambientes bem ventilados, higienizar as mãos regularmente, evitar aglomerações em locais fechados e não compartilhar objetos de uso pessoal.
A população deve estar atenta aos sintomas característicos da meningite, como febre, dor de cabeça intensa, vômitos, rigidez de nuca, confusão mental e erupções cutâneas (petéquias). Em caso de suspeita, é fundamental procurar imediatamente atendimento médico.
Atenção redobrada dos profissionais de saúde
A secretaria orienta que os profissionais de saúde estejam atentos para garantir diagnóstico precoce, adoção de medidas de isolamento e início imediato do tratamento, que geralmente envolve antibióticos e pode exigir internação hospitalar. A notificação de casos suspeitos ou confirmados deve ser feita em até 24 horas.
Também é reforçada a importância da coleta de amostras clínicas e da avaliação de pessoas que tiveram contato com pacientes suspeitos, para possível quimioprofilaxia, conforme diretrizes do Ministério da Saúde.
