O Tribunal Superior do Trabalho (TST) está novamente no centro de controvérsia ao adquirir 30 sedãs híbridos da marca Lexus — modelo ES 300h — para uso de seus ministros.
A compra, realizada em Brasília, totalizou aproximadamente R$ 10,39 milhões, com cada unidade custando cerca de R$ 346,5 mil, valor inferior à estimativa inicial de R$ 396 mil.
Os veículos têm motorização híbrida que combina um motor a gasolina 2.5 com um propulsor elétrico, resultando em potência combinada de 211 cavalos. O modelo oferece ainda conforto elevado, com recursos como ar-condicionado digital dual-zone, assistentes eletrônicos de condução, bancos ventilados e sistema multimídia com navegação.
No “estudo técnico preliminar” divulgado pelo TST, além do Lexus, foram considerados outros modelos como o Honda Accord (R$ 332,4 mil), BYD Seal elétrico (R$ 310,7 mil, com custo de carregador incluso) e Toyota Camry (R$ 344,1 mil). Mesmo sendo o modelo mais caro da lista, o Lexus foi adquirido por preço abaixo do previsto.
A compra faz parte do Plano Estratégico Institucional 2021-2026 da Corte, que enfatiza a renovação da frota como forma de fortalecer a imagem do tribunal. A troca de veículos é justificada por resoluções do CNJ e normas internas que classificam carros como “inservíveis” após sete anos de uso.
Esta ação ocorre na esteira de outra decisão questionada recentemente: a contratação, sem licitação, de uma sala VIP no Aeroporto de Brasília, ao custo de R$ 1,5 milhão por dois anos, também destinada aos ministros.
O Partido Novo reagiu criticando os gastos: “O imposto do cidadão não pode continuar bancando luxo de autoridades”, argumentou. Já o Tribunal, em nota à imprensa, declarou que a sala VIP visará garantir segurança contra abordagens de “indivíduos mal-intencionados” durante procedimentos de embarque e desembarque.
Foto: Warley Andrade/TV Brasil