A Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu registrou um volume expressivo de apreensões no primeiro semestre de 2025.
Entre janeiro e junho, foram retidos R$ 279.446.933,00 em mercadorias provenientes de crimes de contrabando e descaminho, abrangendo a zona primária e secundária da fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina — a mais movimentada do país.
O resultado representa 13,93% de todas as apreensões realizadas no Brasil e 43,78% das apreensões da 9ª Região Fiscal, que inclui Paraná e Santa Catarina. As operações reforçam o empenho das equipes da Receita Federal no combate aos crimes transfronteiriços na região.
A categoria mais apreendida no período foi a de eletroeletrônicos, totalizando R$ 79.987.428,06 — um crescimento de 5,33% em relação ao mesmo período de 2024. Somente em smartphones, foram confiscados R$ 59.100.968,99, o equivalente a 73,89% do valor total de eletroeletrônicos.
Em comparação nacional, os celulares retidos em Foz representam 21,99% do total apreendido no Brasil. Na 9ª Região Fiscal, a participação é ainda maior: 46,22%.
Antes liderando as estatísticas, os cigarros convencionais ficaram em segundo lugar, somando R$ 72.791.801,47 — queda em relação aos R$ 93,2 milhões apreendidos no mesmo período de 2024.
Já os cigarros eletrônicos tiveram aumento expressivo: de R$ 6,67 milhões em 2024 para R$ 10,82 milhões em 2025, alta de 62%. Esses produtos, cuja comercialização e consumo são proibidos pela Anvisa desde 2009, entram no Brasil ilegalmente e são vendidos a preços muito acima do custo real.
Nos estados do Paraná e Santa Catarina, que compõem a 9ª Região Fiscal, o total de apreensões chegou a R$ 638,1 milhões no semestre — crescimento de 6,45% em relação a 2024.
Em todo o país, as retenções de mercadorias somaram R$ 2,005 bilhões, alta de 13,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Além das mercadorias, a Alfândega de Foz do Iguaçu apreendeu 5,2 toneladas de drogas no primeiro semestre de 2025, distribuídas em 46 ocorrências. A maconha representou 91,7% do total, seguida por capulho, haxixe e skunk.
Apesar de o número de ações ter sido maior que em 2024 (46 contra 34), o volume de drogas foi 44% menor. A queda se deve ao fato de que, em 2025, as apreensões ocorreram com mais frequência, mas em quantidades menores por ocorrência.