Prepare o moletom para o amanhecer, a camiseta para a tarde e a fé para a chuva que nunca vem. A semana entre 28 de julho e 2 de agosto promete um desfile climático digno de passarela: seco, estável e com aquele friozinho matinal que faz o cobertor parecer mais persuasivo que despertador.
Segundo o trio sertanejo da meteorologia — Simepar, INMET e CPTEC — o que temos é um clássico episódio de “O Inverno que Queria Ser Primavera”. As manhãs seguem frias, ideais para quem gosta de reclamar do frio tomando café quente. Já as tardes trazem aquele sol tímido entre nuvens, o suficiente para a dúvida cruel: "levo blusa ou passo calor?"
A tão esperada chuva... bem, ela mandou avisar que talvez apareça no fim da festa. Com sorte. E sem fazer bagunça. Os institutos dizem que há uma possibilidade de instabilidades e aumento da umidade no comecinho de agosto, mas a previsão é de pancadas fracas, isoladas e com a discrição de visita inesperada.
O que isso significa na prática? Que o tempo firme continua reinando, o ar seco segue dando dor de garganta e a neblina pela manhã continua sabotando a pontualidade no trânsito — ótimo momento para exercitar a paciência e o uso do farol baixo.
Para os produtores rurais, o conselho é simples: olho nos boletins do tempo e no céu. Principalmente no início de agosto, quando uma frente fria pode surgir do nada, como parente em dia de churrasco.
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Claudio Albano / Guia São Miguel
