Na última quinta-feira, 12 de junho, a Receita Federal realizou uma apreensão inusitada no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, ao identificar uma carga inicialmente declarada como salmão congelado, mas que, após inspeção minuciosa, revelou conter 74 quilos de "amêijoa-gigante", conhecida internacionalmente como geoduck.
O molusco, cujo nome científico é Panopea generosa, é considerado uma iguaria exótica e afrodisíaca, especialmente apreciada em países como a China. Armazenado em sacos plásticos, o produto estava sendo despachado com destino a Santo Amaro, na região metropolitana de São Paulo. Estima-se que apenas um quilo do geoduck possa atingir o valor de US$ 300,00, o que fez com que a carga fosse avaliada em aproximadamente R$ 125 mil.
No entanto, a importação desse tipo de alimento exige autorização específica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), conforme estabelece a Instrução Normativa nº 51/2011, que trata das exigências para a entrada regular de produtos de origem marinha no Brasil, por meio do sistema Siscomex.
A falta de documentação e controle sanitário representa sérios riscos à saúde pública, uma vez que não há garantias sobre a procedência ou as condições de armazenamento do produto. A entrada irregular também compromete o controle de doenças e parasitas que podem ser transportados por espécies exóticas.
A Receita Federal reforça que atua no controle rigoroso das fronteiras brasileiras, especialmente em áreas de grande circulação como a Tríplice Fronteira, coibindo crimes transfronteiriços, protegendo a sociedade e garantindo a legalidade no comércio internacional.
Redação Guia São Miguel com informações da Receita Federal.
