Um caminheiro está há sete dias impedido de retirar seu caminhão de uma área rural às margens da BR-277, em Céu Azul, após invadir uma lavoura de feijão para evitar um acidente.
O caso, ocorrido em 27 de maio, envolve o motorista V.A,S., que transportava uma carga de trigo do Paraguai com destino a Cascavel. O proprietário da terra exige o pagamento imediato de R$ 22 mil, valor que alega ser referente aos prejuízos causados na plantação, como condição para liberar o veículo.
O incidente aconteceu próximo ao km 625 da rodovia, quando o caminhoneiro tentou desviar de outro veículo, perdeu o controle e invadiu a propriedade após ultrapassar o acostamento. Desde então, o motorista permanece no local, temendo o saque da carga, e depende da ajuda de colegas para se alimentar.
Segundo ele, a seguradora foi acionada e uma perícia está em curso para avaliar os danos, mas não houve acordo com o dono da terra, que insiste no pagamento à vista.
Especialistas em direito alertam que a atitude do proprietário pode configurar crime de exercício arbitrário das próprias razões, previsto no Código Penal. “Fazer justiça com as próprias mãos, mesmo que se considere ter direito, é crime”, explica um advogado consultado. A reparação do prejuízo deve seguir trâmites legais, sem ameaças ou intimidação.
Enquanto o impasse persiste, o caminhoneiro segue retido no caminhão atolado, acumulando prejuízos e sem previsão para deixar o local.
Fonte: Guia Medianeira com Informações do Portal da Cidade Céu Azul