O primeiro foco de gripe aviária detectado em uma granja comercial no Brasil, localizada no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, levou à suspensão imediata das exportações de carne de frango brasileira para a China, um dos principais importadores do produto. A informação foi confirmada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta sexta-feira (16).
Segundo Fávaro, a suspensão imposta pelos chineses tem duração inicial de 60 dias, mas o governo brasileiro acredita que poderá retomar as exportações antes desse prazo, caso o foco seja devidamente isolado e contido, e nenhum novo caso seja registrado.
O ministro ressaltou que o Brasil possui acordos com países como Japão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, que permitem a regionalização do embargo, ou seja, a suspensão das importações fica restrita apenas ao Estado ou município afetado, minimizando os danos à cadeia produtiva.
O Ministério da Agricultura reforça que o risco de infecção humana pelo vírus H5N1 é baixo, especialmente entre a população em geral. Os casos relatados ocorrem, majoritariamente, entre profissionais que lidam diretamente com aves infectadas, sejam elas vivas ou mortas.
Além disso, tanto o Ministério quanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) esclarecem que não há risco de contaminação pelo consumo de carne de frango ou ovos devidamente preparados. O vírus não resiste ao cozimento, tornando seguro o consumo desses alimentos.
A gripe aviária H5N1 é um subtipo do vírus Influenza, pertencente ao grupo de alta patogenicidade, o que significa que ele se dissemina rapidamente entre as aves e possui alto índice de mortalidade entre elas.
O vírus foi identificado pela primeira vez em 1996, na província de Guangdong, na China, e teve seu primeiro caso em humanos registrado em Hong Kong no ano seguinte.
As autoridades brasileiras continuam monitorando a situação e reforçando medidas de biossegurança para evitar a disseminação da doença em outras regiões do país.
Fotos ilustrativas: Pixabay