Os proprietários do Hospital Madre de Dio de São Miguel do Iguaçu reassumiram o controle do empreendimento após a associação Pró-Saúde deixar a gestão da unidade. De acordo com o representante do HMD, Wagner Mattos, a saída da entidade ocorreu de forma repentida e sem os procedimentos de transição previstos em contrato. Atualmente apenas o laboratório e centro de imagens estão em funcionamento, bem como a realização de consultas particulares.
A entidade gerenciava o HMD desde fevereiro de 2020, mas na quarta-feira (09/02) comunicou encerramento de suas atividades no município após negociações com o sindicato referentes a atrasos de salários e outras dívidas trabalhistas. Com o rompimento, cerca de 100 funcionários foram demitidos.
Em nota encaminhada à Rádio Jornal, a Pró-Saúde afirmou que o encerramento da gestão ocorreu “após pedido de rescisão no contrato de arrendamento, solicitado por parte do arrendante”. No entanto, Wagner Mattos disse à reportagem o vínculo citado foi anulado após um contrato de compra e venda firmado em fevereiro de 2021. Segundo Mattos, o comprador não efetuou o pagamento dentro do prazo previsto e comunicou que não seria possível efetivar o acordo.
De acordo com o representante dos proprietários, medidas judiciais estão em andamento e uma empresa realiza a auditoria para verificar as condições atuais do hospital. Wagner Mattos afirma que o futuro do Madre de Dio segue indefinido, porém a 9ª Regional de Saúde já manifestou preocupação devido a necessidade de leitos na região.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Pró-Saúde afirma que permanece em tratativas para deliberação da situação dos profissionais e fornecedores. Confira a nota:
A Pró-Saúde permanece em tratativas para deliberação da situação dos profissionais e fornecedores”.
Por: Fernando Figa
Rádio Jornal São Miguel